quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Vendas no varejo avançam 1,2% em maio, impulsionadas por hiper e supermercados

Em maio, as vendas no comércio varejista no país cresceram 1,2% na comparação
com o mês anterior. Os resultados do setor foram positivos em todos os meses
deste ano e, com isso, o ponto mais alto da série, que havia sido registrado em
abril, foi deslocado para maio. No ano, há alta acumulada de 5,6% e em 12 meses,
de 3,4%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (11)
pelo IBGE.

“Em 2024, o varejo registrou cinco pontos positivos, com atingimento do nível
recorde da série a partir de março, que se renovou em abril e maio. Esse
desempenho dos últimos meses está muito focado em hiper e supermercados e
artigos farmacêuticos, que também atingiram seus níveis máximos em maio. Com
isso, o acumulado do ano é de 5,6%, enquanto, por exemplo, quando observamos
todo o ano de 2023, o acumulado foi de 1,7%. Então é um resultado bastante
positivo”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Cinco das oito atividades pesquisadas ficaram no campo positivo em maio e,
dentre elas, as principais influências sobre o resultado geral foram exercidas
por hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e outros
artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%).

“O resultado positivo foi bem disseminado, com apenas três atividades com queda.
As de maior peso, como hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e outros
artigos de uso pessoal e doméstico cresceram. Além disso, houve questões
conjunturais, como o aumento das vendas do setor de vestuário mais focadas em
calçados”, diz o pesquisador.

Ele também destaca elementos macroeconômicos que influenciaram os resultados do
varejo. “Em maio, houve, por exemplo, o aumento da concessão de crédito da
pessoa física e o crescimento da massa de rendimento e do número de pessoas
ocupadas. São fatores que levam a esse resultado global maior do que o
registrado em 2023”, completa.

Foi o segundo mês seguido de alta para hiper e supermercados, que acumula ganho
de 2,6% nesse período. O setor responde por 54,7% do volume de vendas no varejo.

Para o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que abarca, por
exemplo, as lojas de departamento, óticas e joalherias, maio foi o quinto mês
seguido de variações positivas. No ano, há ganho acumulado de 7,8%. O
pesquisador lembra que esse grupamento de atividades está se recuperando após
perdas intensas ao longo do ano passado, que resultou, inclusive, em fechamento
de lojas físicas.

“Em 2023, a crise contábil das grandes cadeias causou a redução de unidades
locais. Neste ano, observamos uma recuperação dessa atividade especialmente no
início do ano, o que ajudou a segurar o varejo no campo positivo”, avalia
Cristiano.

Os setores de tecidos, vestuário e calçados (2,0%), artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%) e livros, jornais, revistas e
papelaria (0,2%) também tiveram resultados positivos. No caso do primeiro
segmento, a alta veio após dois meses seguidos de variações negativas.

De modo distinto, no setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de
perfumaria, o resultado de maio representou o quarto positivo seguido nessa
comparação, acumulando alta de 12,6% no período. Já no caso de livros, jornais,
revistas e papelaria, a variação positiva foi precedida por dois meses seguidos
no campo negativo.

Os demais setores tiveram resultados negativos: móveis e eletrodomésticos
(-1,2%), combustíveis e lubrificantes (-2,5%) e equipamentos e material para
escritório, informática e comunicação (-8,5%).“No setor de combustíveis e
lubrificantes, essa queda tem a ver com a diminuição de uma atividade de
transporte no sul do país, em decorrência das enchentes”, diz.

“Em móveis e eletrodomésticos, houve duas trajetórias distintas: enquanto as
vendas dos eletrodomésticos cresceram, as dos móveis caíram. Já na atividade de
material para escritório, informática e comunicação, o dólar estava valorizado
em relação ao real, o que afugenta as demandas do setor de informática, que são
mais de produtos importados”, pontua.

No varejo ampliado, que inclui, além dessas oito atividades, os segmentos de
veículos, motos, partes e peças (-2,3%), material de construção (-3,5%) e
atacado especializado em produtos alimentícios, o resultado também foi positivo
na comparação com abril (0,8%).

“Em maio, o crescimento do comércio varejista ampliado foi muito focado no
atacado especializado em produtos alimentícios. Já o setor de veículos vem
oscilando entre quedas e altas, o que faz com que o varejo ampliado também
intecale os seus resultados”, explica o gerente.        

 

Vendas avançam 8,1% em relação a maio de 2023

Na comparação com maio do ano passado, o volume de vendas do varejo avançou
8,1%. Essa alta foi disseminada por cinco das oito atividades: outros artigos de
uso pessoal e doméstico (14,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e
de perfumaria (13,6%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e
fumo (10,5%), móveis e eletrodomésticos (2,1%) e tecidos, vestuário e calçados
(2,0%).

As outras três atividades tiveram resultados negativos: livros, jornais,
revistas e papelaria (-8,9%), combustíveis e lubrificantes (-3,2%) e
equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,2%).

“Esse crescimento de 8,1% é bem consistente e só se assemelha a fevereiro deste
ano. Hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e outros artigos de uso
pessoal e doméstico tiveram ganhos mais pronunciados, de dois dígitos, e
ajudaram a manter esse ritmo de crescimento mais forte”, avalia Cristiano.

Na mesma comparação, o varejo ampliado também teve alta (5,0%). Apenas umas das
atividades adicionais registrou crescimento nessa comparação: veículos e motos,
partes e peças (10,6%). Material de construção (-1,5%) e atacado de produtos
alimentícios, bebida e fumo (-8,2%) recuaram.

Vendas crescem em 16 unidades da federação em relação ao mês anterior

Na passagem de abril para maio, 16 unidades da federação registraram alta nas
vendas do varejo. Entre elas, destacaram-se Amapá (3,4%), Mato Grosso (3,0%) e
Maranhão (2,2%). As outras 11 UFs ficaram no campo negativo, com destaque para
os recuos de Roraima (-5,9%), do Espírito Santo (-2,6%) e do Acre (-1,7%)

No comércio varejista ampliado, nessa mesma comparação, houve resultados
positivos em 13 unidades da federação e as maiores variações foram registradas
por Ceará (5,3%), Amapá (3,0%) e Tocantins (2,9%). Já entre as 14 UFs no campo
negativo, os recuos mais intensos foram de Roraima (-5,5%), Rondônia (-3,2%) e
Rio Grande do Sul (-2,8%).

Mais sobre a pesquisa

A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do
comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas
formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade
principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados
mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio
varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção)
para o Brasil e Unidades da Federação. Os resultados podem ser consultados no
Sidra. A próxima divulgação da PMC, com os resultados para junho de 2024, será
em 14 de agosto.

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Fonte: http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/40640-vendas-no-varejo-avancam-1-2-em-maio-impulsionadas-por-hiper-e-supermercados.html

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