sábado, janeiro 11, 2025
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Rock in Rio 40 Anos: Veja 5 shows que marcaram a primeira edição do festival!

Há exatos 40 anos, em 11 de janeiro de 1985, o mundo do showbiz brasileiro mudaria de maneira definitiva com a realização do Rock in Rio. O país até já havia recebido alguns grandes shows em seu solo, mas sempre de maneira esporádica.

Um evento com mais de uma dezena de bandas e artistas, muitos do primeiro escalão, era algo inédito e, até poucos meses, antes impensável. Portanto, ainda que para os padrões atualis os números sejam até discretos – já temos festivais que em um dia trazem mais atrações internacionais que as 15 que estiveram em dez dias de RiR, é preciso sempre entender o contexto em que o festival aconteceu, incluindo aí o momento político do Brasil.

Também não dá para dizer que depois do festival o Brasil entrou na rota dos grandes nomes. Foi preciso esperar três anos por um evento semelhante (o Hollywood Rock de 1988) e mais seis por um novo Rock in Rio. Mesmo hoje, com a oferta constante de aparesentações, nada garante que determinado artista trará sua nova turnê ao país, ainda que a probabilidade seja grande e, sem dúvida, graças em muito às sementes plantadas há quatro décadas.

O que não se nega, é que o Rock in Rio mostrou que havia um grande mercado a ser explorado por aqui e que ele forçou a profissionalização de toda uma cadeia de produção – algo que beneficiou diretamente a geração do rock brasileiro que explodiu na esteira do festival, que pôde fazer shows com uma qualidade infinitamente melhor do que as das gerações imediatamente anteriores.

Acima de tudo, aqueles dez dias de janeiro de 1985 foram preenchidos por vários shows inesquecíveis como estes cinco:

Iron Maiden

Ao contrário das outras atrações internacionais, O Maiden fez apenas um show no Rock in Rio. No auge de sua fase imperial, eles divulgavan o clássico do metal “Powerslave”, o quinteto foi convencido a encaixar a performance no Brasil no meio da eatapa norte-americana da turnê, o que exigiu um enorme exercício de logística por parte de todos os envolvidos – eles tocaram na terça, 7 de janeiro, no estado de Nova Iorque. Na sexta-feira, 11 estavam na Cidade do Rock, e na segunda-feira, 14, já estavam tocando novamente nos EUA.

O público precisou esperar um pouco por uma segunda vinda da banda ao país, o retorno aconteceu apenas em 1992, desde então eles já retornaram inúmeroas vezes, inclusive em outras quatro edições do Rock in Rio.

Queen

Em 1981, o Queen tocou para multidões no Morumbi, em São Paulo. Quatro anos depois foi a vez dos cariocas conferirem o carisma e voz de Freddie Mercury e a destreza instrumental de Brian May, John Deacon e Roger Taylor.

O Queen foi o primeiro headliner do Rock in Rio e fez um segundo show uma semana depois. Um compilado das duas performances foi lançado em VHS apenas quatro meses depois dos concertos. ESte vídeo não está no YouTube, mas pode ser visto aqui. No YT o canal oficial divulgou alguns trechos da performance, incluindo a de “Love Of My Life“:

James Taylor

O rei do “bittersweet” chegou meio emburrado ao Rio, em uma época em que cogitava até largar a carreira. Tudo mudou no momento em que ele subiu ao palco no sábado, 12 de janeiro, para trocar antes de George Benson e encontrou uma multidão completamente hipnotizada por suas canções. Sua performance de “You’ve Got a Friend” é séria candidata a melhor momento de toda história do festival.

Nos dias seguintes o cantor relaxou, chegando até a dar uma canja no Circo Voador durante um show de Caetano Veloso em uma noite em celebração à eleição de Tancredo Neves à presidência.

Um compilado das performances foi lançado em disco pouco tempo depois e o cantor recuperou sua autoestima. No final de 1985 ele lançaria “That’s Why I’m Here”, seu primeiro disco em quatro anos, que tinha “Only a Dream In Rio” e, em 1986 retornou ao Brasil para shows em estádios e arenas.

Paralamas do Sucesso

A escalação nacional do primeiro Rock in Rio foi dividida entre astros da MPB que frequentavam também as FMs (Gilberto Gil, Elba Ramalho, Alceu Valença e Ivan Lins entre eles) dois ícones do Rock Brasil (Rita Lee e Erasmo Carlos) e a nova geração carioca que, de certa forma, ajudou a tornar um festival deste porte possível no Brasil.

Os Paralamas do Sucesso tinham acabado de lançar seu segundo álbum e eram, ao lado do Kid Abelha, com apenas um disco na bagagem, os mais inexperientes entre todas as atrações. Sabendo que aquele era um momento chave em suas carreiras, Herbert, Bi e Barone, se prepararam para o show de suas vidas e ganharam o público na base da força e talento – e um repertório cheio de músicas que estavam nas rádios.

O discurso de Herbert Vianna contra a parcela do público que estava vaiando certos artistas brasileiros também ficou famoso (“Ao invés de vir jogar pedra, fica em casa aprendendo a tocar guitarra e quem sabe no próximo cê tá aqui no palco”.)

Barão Vermelho

O Barão, ainda com Cazuza nos vocais, foi a última atração brasileira a tocar na Cidade do Rock no emblemático 15 de janeiro de 1985, quando, de maneira indireta, Tancredo Neves foi eleito, pondo fim a 20 anos de regime militar.

O clima no festival era de alegria e esperança e foi Cazuza quem melhor expressão esse sentimento no encerramento do show com, a mais que oportuna “Pro Dia Nascer Feliz“:

  vagalume.com

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