Alguns artistas são conhecidos por escreverem suas próprias músicas e se tornarem especialistas em transmitir sentimentos nas composições. A tarefa de conversar com o público através de letras e/ou acordes não é fácil, mas, quando bem sucedidos, a chance de se conquistar uma grande base fãs devido a essa identificação é grande. (Foto: Jeff Kravitz / FilmMagic)
Em uma entrevista ao The New York Times, Adele, por exemplo, revelou que precisa captar a emoção de suas próprias canções: “Para que eu me sinta confiante com uma de minhas canções, ela tem que realmente me emocionar”, disse ela. “É assim que sei que escrevo uma boa música para mim – é quando começo a chorar. É quando simplesmente desabo em lágrimas na cabine vocal ou no estúdio, e preciso de um momento para mim mesma.”
Taylor Swift, um outro exemplo de como uma artista expõe seus sentimentos pessoais nas canções, já foi elogiada por nomes como Ringo Starr, Billy Joel, Elton John e recentemente exaltada por Elvis Costelo, que comparou sua genialidade de compor com a de Bob Dylan. “Ela entende a necessidade de transmitir sentimentos próprios, mas de uma forma que ressoe com o público”, disse Costelo.
Muitas vezes, os artistas também trabalham com colaboradores em suas composições. Os irmãos Billie Eilish e Finneas, responsáveis por hits premiados, certamente são os melhores exemplos da atualidade de como a química de uma dupla pode funcionar. “É como se ela soubesse exatamente o que quer. Ela sabe como conseguir o que quer. Ela sabe o que será necessário. Ela sabe ainda mais claramente quando algo não está certo e como levar isso até onde for necessário”, disse Finneas sobre trabalhar com a irmã. “Isso, para mim, é o que é um verdadeiro artista. Mesmo que estejamos juntos fazendo músicas e eu as produza, essa é a visão dela. Especialmente quando subimos ao palco todas as noites. É tão meticulosamente pensado por Billie e eu admiro isso infinitamente nela.”
Dulce María, do RBD, também já compartilhou como funciona seu processo criativo: “Escrever é um processo que me permite explorar emoções e histórias. Canções como ‘Inevitable’, meu primeiro solo, e ‘Más Tuya Que Mía’, do RBD, nasceram de momentos muito pessoais e reflexivos. Compor é minha forma de transformar experiências em arte”.
Neste Dia Mundial do Compositor, celebrado em 15 de janeiro, o Vagalume reuniu alguns jovens (ou nem tanto) artistas nacionais que falaram sobre inspiração, prática e os segredos por trás de suas composições. Confira:
Hitmaker
“Nosso processo começa com a troca de ideias. Cada um traz uma perspectiva, e isso enriquece a composição. Além disso, pensamos em como as pessoas vão se identificar com a letra, sempre trazendo elementos que representam a diversidade cultural do Brasil”, explicou.
Cjota
“Minhas músicas são reflexos diretos das minhas experiências. Escrever é colocar no papel o que sinto, o que vivi. Às vezes, passo dias trabalhando em uma letra, ajustando cada palavra até sentir que ela reflete exatamente a mensagem que quero transmitir”, contou.
Lary
“Para mim, o processo de composição é um exercício de empatia. Transformar histórias simples em letras que tocam as pessoas é um desafio, mas também a parte mais bonita. Cada palavra tem que ser pensada para que a música crie uma conexão genuína com quem ouve”, afirmou.
Lukinhas
“Sempre começo escrevendo sobre algo que vivi ou senti. Com ‘Menor Sonhador’, queria que cada verso transmitisse autenticidade, algo que o público pudesse sentir como real. Meu conselho é esquecer fórmulas e se concentrar naquilo que faz seu coração bater mais forte”, disse.
Ananda Paixão
“Compor é treino. Quanto mais você escreve, mais aprende sobre como construir letras que fazem sentido e emocionam. A troca com outros compositores também é essencial, porque traz novas ideias e perspectivas que enriquecem o processo”, explicou.
Lucas Pretti
“Recebi um conselho que carrego comigo: escreva o que é real. Não tente forçar algo que não venha de você. Isso mudou completamente a forma como encaro a composição, porque as melhores músicas são as que nascem da verdade”, refletiu.
Ágatha Félix
“Escrever ‘Dias’ foi um processo intenso. Cada palavra dessa música foi pensada para traduzir o que eu estava sentindo naquele momento difícil. Para mim, compor é isso: transformar dor, alegria ou qualquer outra emoção em algo que faça sentido para quem ouve”, declarou.
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