A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar um recorde de 325,3 milhões de toneladas em 2025, de acordo com a estimativa de janeiro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (13) pelo IBGE. Este resultado é 11,1%, ou 32,6 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas) e 0,8% maior (1,7 milhão de toneladas) do que o prognóstico de dezembro de 2024.
A área a ser colhida deve ser de 80,9 milhões de hectares, um aumento de 2,4% frente à área colhida em 2024 (1,8 milhão de hectares a mais). Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida aumentou em 472.102 hectares (0,6%).
Em relação à produção, algodão e soja devem bater recordes. A estimativa para a produção de algodão é de 9,0 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,6% tanto em relação ao terceiro prognóstico para 2025, realizado em dezembro de 2024, quanto em relação à safra de 2024. Já a soja teve redução de 0,4% em relação ao último prognóstico e aumento de 14,9% em comparação à safra do ano passado, chegando a 166,5 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa da produção foi de 124,1 milhões de toneladas, crescimentos de 3,0% em relação ao 3º prognóstico (dezembro) e de 8,2% em relação ao volume produzido em 2024.
O gerente da pesquisa, Carlos Barradas, explicou este fenômeno. “O clima está beneficiando as lavouras, embora as chuvas tenham demorado a chegar. Desde os meses de outubro e novembro, tem chovido bem, com exceção da Região Sul, que já apresenta algumas secas”, principalmente no Rio Grande do Sul, vale ressaltar que as perdas ocorridas no estado ainda não estão contabilizadas nesse levantamento, as equipes estão em campo para atualizar as estimativas, ressaltou o gerente.
As cinco regiões tiveram alta nas estimativas de produção: Centro-Oeste (48.9%), Sul (27,8%), Sudeste (8,8%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,8%). Quanto à variação mensal, houve crescimento na Região Norte (3,4%) e estabilidade no Sudeste (0,0%), enquanto as demais regiões apresentaram declínios: Nordeste (-1,6%), Sul (-2,6%) e Centro-Oeste (-0,6%).
O Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,7%, seguido pelo Paraná (13,4%), Rio Grande do Sul (12,4%), Goiás (11,1%), Mato Grosso do Sul (7,8%) e Minas Gerais (5,4%), que, somados, representaram 79,8% do total. As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso (3.000.592 t), em Goiás (1.138.400 t), no Distrito Federal (25.062 t), no Piauí (12.764 t), no Pará (7.503 t), no Tocantins (3.802 t), em Rondônia (2.719 t), no Maranhão (1.137 t) e no Ceará (660 t), enquanto a variação negativa ocorreu no Paraná (-1.469.300 t).
Sobre o LSPA
Implantado em novembro de 1972 com o propósito de atender às demandas de usuários por informações estatísticas conjunturais mensais, o LSPA fornece estimativas de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados com base em critérios de importância econômica e social para o país. Ele permite não só o acompanhamento de cada cultura investigada, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, no ano civil de referência, como também o prognóstico da safra do ano seguinte, para o qual é realizado o levantamento nos meses de outubro, novembro e dezembro. Acesse os dados no Sidra.A próxima divulgação do LSPA será em 13 de março.
Fonte: Agência de Notícias – IBGE
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