Confira!
Em “Pennyroyal Tea“, lançada pelo Nirvana em 1993, Kurt Cobain canta enigmaticamente: “Dê-me um pós-vida como Leonard Cohen/Para que eu possa suspirar eternamente”, citando o poeta e músico canadense.
Cobain morreu meses depois do lançamento da música ao se matar com apenas 27 anos. Cohen ainda viveu muito. Ele se foi em 2016 aos 82 anos.
“Cae Cae Caetano“, foi lançada por Jorge Ben Jor em 1980 e é uma declaração de carinho ao amigo baiano. “Filho de Santo Amaro / Menino baiano / Viva, viva Emanuel Caetano / Meu irmão, meu amigo / Meu poeta, meu anjo” diz a letra.
Caetano, por sua vez, já havia falado de Ben em “A Voz do Morto“, de 1975. O baiano sempre adorou citar outros artistas em suas composições. Em seu mais recente álbum, “Meu Coco” (2021), de Billie Eilish a Marília Mendonça são mencionados. Jorge Ben também aparece entre vários outros cantores na letra de “GilGal” (“Vem de Pixinguinha a Jorge Ben / Pousa em Djavans / Wilson Batista, Jorge Veiga / Carlos Lyra e o imenso Milton Nascimento”)
Caetano foi lembrado por Renato Russo em “Eduardo E Mônica“, no mesmo verso em que menciona a banda inglesa Bauhaus e os Mutantes em “Eduardo E Mônica“, da Legião Urbana.
Uma citação menos clara está em “L’âge d’or“, de 1991, quando o letrista fala sobre os “Jovens Gigantes de Mármore”. Para quem não entendeu, ele estava se referindo à banda cult do pós-punk Young Marble Giants:
Hit de pistas indie nos anos 00, Lloyd I’m Ready To Be Heartbroken” dos escoceses do Camara Obscura é uma declaração de amor cheia de ironia ao cantor Lloyd Cole, que tem entre suas músicas mais celebradas “Are You Ready To Be Heartbroken?“
Ainda no indie rock, agora com uma música mais recente, o mais novo álbum dos Manic Street Preachers, lançado há duas semanas, tem uma canção chamada “Dear Stephen“. A faixa faz um apelo para que Morrissey, o ex-vocalista dos Smiths, volte a ser a pessoa que um dia foi (“Caro Stephen, por favor, volte para nós /Eu acredito no arrependimento e no perdão”). A letra cita várias músicas do cantor e compositor inglês.
Em 1965, Erasmo Carlos celebrou a jovem guarda em “Festa de Arromba“, aquela em que Roberto Carlos chega de repente com seu novo carrão:
Em 1985, o debochado trio João Penca e Seus Miquinhos Amestrados atualizou a música para o rock dos anos 80 em “Luau de Arromba” (“Um broto se assustou e caiu duro / Eram os Titãs no escuro / Marcinha e Fernandinha de biquini amarelinho / Com o Grupo Ira! comandavam o trenzinho / Lulu avisou pra Marina
/ Morey boogie não é na piscina / Enquanto Herbert conversava de guitarras com o Roger / Bob Gallo sutilmente azarava Paula Toller”):
Em 1971, David Bowie lançou “Song For Bob Dylan“, celebrando o compositor e sua voz “como areia e cola” (aparentemente ele não gostou muito da homenagem):
Bob Dylan por sua vez celebrou o bluesman “Blind Willie McTell” em uma de suas canções mais estuadas pelos especialistas. Esses, até hoje não conseguem entender como ele a deixou de fora de “Infidels”, seu álbum de 1983, por achar que ela ainda não estava completa.
A música, onde Bob diz que ninguém consegue cantar o blues como Blind Willie, acabou sendo lançada em 1991 em uma coletânea com faixas raras e inéditas do enorme catálogo do autor.
“Eu tenho posteres em meu quarto / Minha banda favorita é o KISS / Eu tenho Ace Frehley / E eu tenho Peter Criss / Esperando lá por mim / Sim eu tenho” este verso celebrando o quarteto mascarado faz parte de “” do Weezer, lançada em 1994.
Leia Mais: Confira as principais notícias do mundo da música!