A exposição Venenosas, Nocivas e Suspeitas está em cartaz na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp, na capital paulista, com entrada gratuita, até o próximo domingo (20).
Por meio da inteligência artificial, a artista visual Giselle Beiguelman criou obras que relacionam plantas proibidas ou estigmatizadas pelo colonialismo, por razões como o uso em rituais ou por seus poderes afrodisíacos e alucinógenos para as mulheres que dominavam o seu uso.
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A artista homenageou naturalistas do século XVII ao XIX que fizeram importantes contribuições à ciência e às artes, mas não tiveram reconhecimento. Beiguelman recriou retratos dessas mulheres em meio às plantas e com a intenção de se aproximar da aparência que tinham na idade em que morreram.
Mulheres homenageadas
Entre as mulheres homenageadas na exposição estão Maria do Carmo Vaughan Bandeira (1902-1992), primeira botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que interrompeu sua trajetória científica para ingressar na vida religiosa em um convento/; Constança Eufrosina Borba Paca (1844-1920), ilustradora que integrou as expedições científicas realizadas pelo marido, o botânico João Barbosa Rodrigues (1842-1909); e Luzia Pinta, ex-escravizada e sacerdotisa com experiência em práticas de cura, que foi denunciada como feiticeira e enviada de Minas Gerais para a Inquisição em Portugal no século XVIII.
Para a gerente de Cultura do Sesi de São Paulo, Débora Viana, a exposição é uma oportunidade para entender como a inteligência artificial vem sendo utilizada por artistas na produção de seus trabalhos.
A mostra proporciona “a oportunidade às crianças e jovens de conhecerem sobre plantas consideradas pelo colonialismo como perigosas ou até proibidas e sobre importantes mulheres que foram apagadas da ciência e da história”, acrescentou Viana, em nota.
Fonte: Agência Brasil
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