quinta-feira, junho 12, 2025
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IBGE lança cadernos Saúde e Mapas, da série Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lança, nesta quarta-feira (11), o terceiro caderno temático da série Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20. O volume reúne indicadores de Saúde relacionados ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, e destacam a posição do Brasil em relação às demais nações do G20, revelando, ainda, diferenças regionais do país. Os cadernos anteriores destacaram indicadores de Desigualdadese Meio Ambiente.

Também está sendo lançada a segunda edição do Caderno Mapas, da mesma coleção Criando Sinergias. Esta edição traz mapas-múndi de todos os indicadores que compõem os temas anteriores com a representação do Brasil no centro do mapa, e traz, como novidades, mapas e gráficos do novo caderno de Saúde.

O lançamento acontecerá hoje, na parte da tarde, com uma mesa temática no “Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global – Novos indicadores e temas estratégicos para o desenvolvimento e a sustentabilidade na Era Digital”, que está sendo realizado em Fortaleza, no Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999).

“Saúde é condição básica e essencial para um país desenvolver-se de forma sustentável. Os indicadores de mortalidade e de vacinação apresentados no Caderno de Saúde permitem compreender a saúde das populações dos países do G20 e servem de base para os governos identificarem prioridades de intervenção e formular políticas públicas eficazes, baseadas em evidências, para alcance das metas da Agenda 2030″, declarou Denise Kronemberger, coordenadora do Projeto Agenda 2030 no IBGE.

A publicação traz os seguintes indicadores: Taxa de mortalidade em menores de 5 anos; Taxa de mortalidade neonatal; Taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, tumores malignos, diabetes mellitus e doenças crônicas respiratórias; Taxa de mortalidade por suicídio; Taxa de mortalidade por acidentes de trânsito; Taxa de cobertura vacinal (DTP, sarampo, tríplice viral, pneumocócica e HPV).

Brasil tem a quarta maior taxa de mortalidade de menores de 5 anos entre os países do G20

Os dados disponíveis no portal ODS Brasil revelam que, em 2022, último ano disponível para a série, a taxa de mortalidade de menores que 5 anos no Brasil (15,5 por 1.000 nascidos vivos) estava abaixo da meta estabelecida (25 por 1.000 nascidos vivos). Contudo, entre os países do G20 relacionados na Base Global de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (Global SDG Indicators Database), das Nações Unidas, foi a quarta taxa mais alta, perdendo somente para África do Sul (34,5‰), Índia (29,1‰) e Indonésia (21,3‰). Os outros países da América Latina, México e Argentina, obtiveram taxas menores, 12,8‰ e 9,4‰, respectivamente. Para efeito de comparação, a taxa global foi 37‰ em 2022, segundo o último relatório das Nações Unidas sobre os ODS.

De modo geral, esse indicador expressa o desenvolvimento socioeconômico, a infraestrutura ambiental e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materno-infantil. Se forem altas, as taxas indicam alta incidência de fatores que condicionam a desnutrição infantil, as infecções a elas associadas e/ou, ainda, os precários meios de vida da família e situações de desigualdade. Porém, taxas reduzidas podem encobrir más condições de vida em segmentos sociais específicos.

Em termos regionais, Roraima apresentou a taxa mais alta de mortalidade na infância, registrando 25,1 óbitos por 1.000 nascidos vivos, superior à meta global, seguida por Amapá (23,5‰) e Acre (21,5‰). Por outro lado, as unidades da federação com as menores taxas são Santa Catarina (11,5‰), Distrito Federal, Rio Grande do Sul (12,2‰) e Paraná (12,5‰). Vale notar que todos os estados da Região Norte apresentaram indicadores superiores à média nacional.

Brasil atinge meta de mortalidade neonatal, mas tem o pior resultado da América Latina entre países do G20

A taxa de mortalidade neonatal refere-se aos óbitos de bebês de até 27 dias de vida completos. A meta definida pelas Nações Unidas para este indicador foi de 12‰. Em 2022, a estimativa da taxa de mortalidade neonatal brasileira ficou em 8,7‰. Assim como na mortalidade infantil, o Brasil já está abaixo da meta, ainda que entre as maiores taxas dos países do G20, estando atrás apenas da Índia (18,1‰), da África do Sul (11,0‰) e da Indonésia (10,7‰). Também tivemos o pior indicador entre os demais países da América Latina membros do G20: no México a taxa de mortalidade neonatal ficou em 7,8‰ e na Argentina em 5,7‰. A taxa global alcançou 17‰ em 2022.

Entre as unidades da federação, destaca-se que todos os estados da Região Norte apresentaram indicadores superiores à média nacional (8,7‰), sendo que Amapá (12,6‰) e Sergipe (12,1‰) tiveram taxa de mortalidade neonatal acima da meta deste ODS.

Brasil tem a pior taxa de cobertura vacinal para sarampo e DTP

O estudo traz ainda o Indicador 3.b.1: Taxa de cobertura vacinal da população em relação às vacinas incluídas no Programa Nacional de Vacinação.

Observou-se que o país tinha, em 2022, a pior taxa de cobertura para Difteria, Tétano e Coqueluche – DTP (77,0% das populações-alvo), entre os países do G20, estando, portanto, abaixo da África do Sul (85,0%), do México (83,0%) e da Argentina (81,0%).

Em relação ao sarampo, a taxa de cobertura da vacina foi a mais baixa entre os países do G20 em 2022. Nesse ano, a taxa brasileira foi de 58,0%, e a diferença para o segundo país com a menor taxa (Indonésia, 67,0%) equivaleu a 9 p.p. Para o México, que obteve cobertura de 82,0%, a diferença correspondeu a 24 pontos percentuais.

A cobertura da vacina tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, caiu de 79,9%, em 2015, para 65,8%, em 2023, no total Brasil, o que significa uma redução de 17,8%. Os dados mostram uma diminuição geral na cobertura vacinal, entre 2015 e 2023, em todas as grandes regiões, com Norte (-29,2%) e Centro-Oeste (-25,9%) apresentando as quedas mais pronunciadas.

A vacina pneumocócica conjugada (PCV3 – 3ª dose) também mostrou baixa cobertura (81,0%) na comparação internacional, situando-se abaixo, por exemplo, da África do Sul (89,0%) e do México (84,0%).

Quando se analisa a taxa de cobertura da primeira dose da vacina pneumocócica conjugada, a cobertura vacinal decresceu de 94,2% em 2015 para 88,5% em 2023, o que significa uma queda de 6,1%. Somente a Região Norte registrou aumento entre esses anos, saindo de 75,0%, em 2015, para 84,0%, em 2023, ou seja, um crescimento de 12,0%.

Brasil tem a sexta menor taxa de mortalidade por suicídio

A taxa de mortalidade por suicídio, indicador ODS 3.4.2, é definida pelo número de óbitos (a partir de 5 anos de idade) por lesões autoprovocadas intencionalmente e sequelas de lesões autoprovocadas intencionalmente, por 100 mil habitantes, na população total residente a partir de 5 anos de idade.

Entre os países integrantes do G20, o Brasil tinha em 2019 a sexta taxa mais baixa do grupo, 6,9 suicídios por 100 mil habitantes a partir de 5 anos de idade. A Coreia do Sul apresentou o maior indicador desse grupo (26 por 100 mil), e a Turquia, o menor (2,4 por 100 mil).

Entre as unidades da federação, Rio Grande do Sul apresentou a maior taxa (14,5 por 100 mil) e o Rio de Janeiro, a menor (4,9 por 100 mil).

Fonte: Agência de Notícias – IBGE

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