Aqui não há juízo de valor. Em ambos times temos artistas de grande força. Mas, nesse especial, destacamos bandas que já nos fizeram falar: “Ué? São eles?”, seja ao ouvir um disco novo, ou mesmo um antigo de maneira retroativa.
A banda dos irmãos Gibb ficou conhecida na segunda metade dos anos 60 com suas baladas pop bem construídas e cheias de drama. “I Started A Joke“, [e um grande exemplo dessa fase:
O álbum “Mr. Natural”. Lançado em 1974, marca o fim de uma era e o início de outra. O disco amarga a 178º posição nos EUA e uma mudança se fazia necessária. Curiosamente, o responsável por ela foi o mesmo Arif Mardin que produziu o álbum de pouca vendagem.
Em “Main Course” (1975) Arif estimulou o trio a investir em uma música dançante com muita influência de soul, funk e da nascente disco music. Mais importante: ele também percebeu que o falsete de Barry Gibb era uma arma poderosa.
O LP, de grande sucesso, deu início a uma caminhada que culminaria com a participação dos Gibb na trilha sonora do blockbuster “Os Embalos de Sábado À Noite” (1977), que se tornou um dos discos mais vendidos de todos os tempos:
Os ingleses alcançaram o maisntream no início dos anos 70, como um dos pilares do rock progressivo. Canções longas, letras cheias de surrealismo e a performance do vocalista Peter Gabriel, que dava vida aos personagens das canções fazendo uso de máscaras e maquiagem marcaram essa fase:
Gabriel saiu em carreira solo em 1975 e a banda seguiu com Phil Collins assumindo os vocais. Pouco a pouco, o som da banda foi ficando mais pop e acessível. Essa guinada culminou com o disco “Invisible Touch”, de 1986. Críticos e fãs antigos podem não ter gostado, mas o seu sucesso é inegável – os seis discos de platina nos EUA que o digam:
Em seus dois primeiros discos, o trio conseguiu dar a sua cara para uma música que tinha inspiração em bandas como The Beat, The Specials e o The Police – ingleses que bebiam do ska e reggae jamaicanos. Foi a época de clássicos como “Vital e Sua Moto#”, “Meu Erro“, “Óculos” e outros hits que não envelhecem:
Em 1986, no álbum “Selvagem?”, os Paralamas incoporaram doses de música africana, reggae, e muita brasilidade ao seu som. A mudança não atrapalhou em nada o apelo popular do grupo – “Alagados” logo explodiu, e as vendagens seguiram em alta .
Eis um caso raro de banda que de fato foi evoluindo disco a disco. “The Bends” (1995), já avançava bastante em relação a “Pablo Honey” (1993), o trabalho de estreia de onde saiu o hino “Creep“, assim como “Ok Computer” (1997) era bem mais arrojado que o seu antecessor.
Quando a banda se preparou para lançar “Kid A”, no ano 2000, os fãs já sabiam que podiam esperar alguma surpresa. Ainda assim, o choque foi grande quando os ingleses soltaram um disco onde as guitarras foram susbtituídas por timbres eletrônicos e distorções, em músicas que fugiam do típico formato de canção pop.
Boa parte dos fãs, e também da imprensa, ficaram meio perdidos quando ouviram pela primeira vez. Com mais audições, ficou claro que “Kid A” era daqueles trabalhos que iam crescendo com o tempo – hoje em dia o álbum é considerado um dos melhores discos deste século. A banda seguiu em frente sem jamais voltar às origens, apostando em uma música menos óbvia nos trabalhos posteriores.
Uma das bandas mais bem-sucedidas da geração dos anos 90 do pop/rock brasileiro, o Skank chegou ás massas, após ganhar o respeito dos críticos, com uma bem dosada mistura de reggae com a música dançante feita no Brasil. Os quatro primeiros discos, lançados entre 1993 e 1999, marcam esse momento.
No ano 2000, com “Maquinarama”, os mineiros abraçaram as infuências de Beatles, do indie rock inglês e do “som das Gerais”. Os velhos fãs aceitaram as mudanças e, de quebra, elles também atraíram um público totalmente novo. O trabalho seguinte, “Cosmotron” foi o ponto culminante dessa virada de chave.
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