Roberta Campos divulgou recentemente o seu novo trabalho de estúdio, “Coisas de Viver”. Este é o sexto disco da carreira da cantora e compositora mineira, que apostou em um material confessional mais voltado para o folk, além de gêneros como MPB e pop.
Em uma entrevista para o Vagalume, a voz de sucessos como “Minha Felicidade” e “De Janeiro a Janeiro (Part. Nando Reis)” falou sobre esse novo material de inéditas. Roberta conta aqui sobre todo o processo para criar “Coisas de Viver”, o que a inspirou a escrever e muito mais.
Leia a entrevista a seguir:
1 – Roberta, quatro anos sem lançar um disco de inéditas. Como foi o processo para gravar “Coisas de Viver”? Quando você decidiu dar um pontapé inicial a esse projeto?
O ultimo álbum que lancei foi o “O Amor Liberta”, meados de 2021.
Esse disco “Coisas De Viver” é meu primeiro álbum nessa nova fase independente. No final de 2023 eu tinha já planos de gravar um disco novo. Fiz as canções no inicio de 2024 e entrei em estúdio em julho do mesmo ano.
Foi um processo fluido, leve. Fiz as prés das músicas aqui em casa, gravei o máximo de coisas que eu imaginava para elas e entrei em estúdio. Gravei aqui em São Paulo, no Space Blues, e produzi o álbum junto com Alexandre Fontanetti.
2 – A sonoridade deste disco traz um sentimento intimista, como se estivéssemos ouvindo você tocar o violão na sala de sua casa. Isso se alinha muito bem com as letras de cada faixa. Você diria que esse é o seu álbum mais intimista já feito em sua carreira?
Sim. É um disco íntimo e confessional. Acessei lugares em mim que não havia acessado antes. Falo de coisas mais profundas, medos, dores e coisas que eu falava sutilmente em algumas canções que lancei em trabalhos anteriores. Gostei muito de compartilhar com o publico um pouco mais de mim, dessa forma mais despida.
Eu sempre dou às canções o que elas pedem. Eu tenho uma base folk nas minhas composições, com influências do Pop e MPB, acho que é um disco MPB/Folk talvez, com essa pitada Pop que esta no meu DNA.
3 – Você sempre teve como ideia fazer da música “Coisas de Viver” a faixa-título deste trabalho ou foi algo definido durante a gravação? Qual a importância dela neste novo projeto?
“Coisas de Viver” é uma parceria com Paulo Novaes. Eu fiz uma melodia e enviei para ele, ele me devolveu com essa letra tão confessional. A música fala muito de mim, me identifiquei muito, foi como se eu a tivesse escrito. Foi o norte para as outras canções, me deu ali, vontade de falar mais ainda do que tenho aqui dentro, de uma forma mais intensa e desnuda.
4 – Uma curiosidade: liricamente, qual é a sua faixa favorita do disco?
É difícil escolher uma faixa… Sempre que recebo essa pergunta eu escolho a que estou curtindo mais no dia, hoje eu vou escolher “Peito Aberto”.
5 – Este disco simboliza também uma nova fase na sua carreira, como artista independente. Para que os fãs possam entender na prática, como isto afeta, por exemplo, na hora de você gravar um álbum como “Coisas de Viver”?
Hoje eu sou uma artista com uma carreira consolidada, foi longo processo até chegar nesse momento da minha vida e conseguir seguir independente e fazendo tudo dessa forma. Enquanto estava com a gravadora, mesmo eles oferecendo alguns serviços, eu já contratava os meus próprios, como assessoria de imprensa, assessor de rádio, etc. Estou pronta, eu já vinha me preparando.
A única diferença nesse disco, dos anteriores, foi ter a liberdade de escolher tudo sem passar pelo crivo de mais pessoas, ainda assim eu sempre fiz os discos como eu quis, da forma que eu imaginava e com as canções que eu escolhia. Mas, claro, a responsabilidade dobra. A liberdade é ótima, mas você tem que estar pronta pra encarar os desafios e responsabilidades que ela traz. Como tudo na vida.
Ouça “Coisas de Viver” a seguir:
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