sexta-feira, março 14, 2025
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Com variação de -0,1%, vendas do varejo ficam estáveis em janeiro

Em janeiro de 2025, o volume de vendas do comércio varejista do país teve variação de -0,1%. Com isso, o setor mostra estabilidade e se mantem apenas 0,6% abaixo do seu patamar recorde, que foi atingido em outubro de 2024. Na comparação com janeiro do ano passado, as vendas do varejo cresceram 3,1%, a vigésima taxa positiva nessa comparação. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje (14) pelo IBGE.

Para Cristiano dos Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, apesar da terceira taxa negativa consecutiva, a interpretação dos resultados nos últimos meses é de estabilidade. “Temos que lembrar que o máximo da série histórica da margem está em outubro de 2024. Após atingir esse nível recorde em outubro, o comércio seguiu tendo variações muito próximas de zero, ocasionando esse fenômeno de estabilidade na alta”.

 

Entre as oito atividades do varejo, quatro altas e quatro quedas em janeiro

Refletindo a estabilidade da taxa geral na série com ajuste sazonal, quatro das oito atividades do comércio varejista tiveram taxas positivas, e as outras quatro tiveram retrações no volume de vendas. Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (5,3%), Combustíveis e lubrificantes (1,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%)  tiveram altas, enquanto Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%), Móveis e eletrodomésticos (-0,2%), Hiper, supermercados, produtos  alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,4%).

Para Cristiano, a única atividade a ter um resultado efetivamento negativo na passagem de dezembro para janeiro foi a farmacêutica. “Das quatro variações negativas, três foram muito próximas de zero, entre elas o setor de hiper e supermercados, que é o de maior peso e registrou uma taxa de -0,4%. Do lado positivo está o setor de informática, que vinha sofrendo com a alta do dólar, mas teve recuperação no mês de janeiro.”

Ainda na série com ajuste, as duas atividades do Comércio varejista ampliado também tiveram alta no volume de vendas em janeiro: Veículos, motos, partes e peças (4,8%) e Material de Construção (3,0%)

Ante o mesmo mês de 2024, as vendas cresceram em sete das oito atividades

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 3,1%, com altas em sete das oito atividades pesquisadas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,2%),  Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,5%), Móveis e eletrodomésticos (4,4%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,8%), Tecidos, Vestuário e Calçados (2,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,9%) e Combustíveis e lubrificantes (1,1%). A única variação negativa nesta comparação foi no setor de Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,2%).

No comércio varejista ampliado, Veículos, motos, partes e peças cresceu 8,9% em relação a janeiro de 2024, Material de Construção teve alta de 3,9%. Já as vendas do setor de Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo recuaram 10,4%.

Varejo teve taxas positivas em 15 das 27 UFs frente ao mês anterior

Na comparação com dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista cresceu em 15 das 27 unidades da federação, com destaque para: Amapá (13,1%), Tocantins (4,6%) e Mato Grosso (3,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 11 das 27 UFs, com destaque para Sergipe (-3,9%), Roraima (-3,5%) e Alagoas (-2,0%). O Espírito Santo não teve variação (0,0%).

Nessa mesma comparação, o comércio varejista ampliado teve resultados positivos em 21 das 27 unidades da federação, com destaque para: Amapá (13,5%), Tocantins (10,2%) e Mato Grosso (5,5%). As taxas recuaram em seis Unidades da Federação: Roraima (-2,7%), Alagoas (-2,5%), Sergipe (-2,3%), Maranhão (-1,6%), Piauí (-1,3%) e Pernambuco (-0,3%).

Para o gerente da PMC, “os destaques positivos se deram mais por uma performance local da atividade de hiper e supermercados acima da média nacional, como no Amapá e Tocantins. Do outro lado, o que puxou alguns resultados locais para baixo foram os setores de tecidos, vestuário e calçados e móveis e eletrodomésticos”.

Na comparação com janeiro  de 2024, houve taxas positivas em 23 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá (14,3%), Rio Grande do Sul (10,8%) e Santa Catarina (8,3%). Quatro estados tiveram taxas negativas: Mato Grosso (-6,8%), Roraima (-5,2%), Sergipe (-2,0%) e Rondônia (-1,4%).

Já no varejo ampliado, a comparação entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025 teve resultados positivos em 21 das 27 unidades da federação, com destaque para: Amapá (16,9%), Rio Grande do Sul (12,1%) e Santa Catarina (7,8%). Por outro lado, seis UFs tiveram recuos nas vendas: Maranhão (-6,9%), Roraima (-4,9%), Mato Grosso (-4,5%), Sergipe (-2,8%), São Paulo (-0,8%), Bahia (-0,3%) e Alagoas (-0,2%).

Mais sobre a pesquisa

A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) acompanha o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e unidades da federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação da PMC, referente a fevereiro de 2025, será em 09 de abril.

Fonte: Agência de Notícias – IBGE

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