No trimestre móvel encerrado em maio de 2024, a taxa de desocupação recuou 0,7
ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2024
(7,8%) chegando a 7,1%. Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2023
(8,3%), também houve recuo: -1,2 ponto percentual. Com isso, a taxa de
desocupação foi a menor para um trimestre móvel encerrado em maio, desde 2014
(7,1%). São dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua
divulgada hoje pelo IBGE.
A população desocupada – aqueles que não tinham trabalho e buscaram por uma
ocupação no período de referência da pesquisa – também diminuiu nas duas
comparações: -8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e -13,0% (menos 1,2
milhão de pessoas) no ano. Assim, esse contingente chegou a 7,8 milhões, o menor
número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro
de 2015.
A PNAD Contínua também mostra que a população ocupada – o total de trabalhadores
do país – atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012: chegou a
101,3 milhões, com altas em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de
pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. Além disso,
os contingentes de trabalhadores com carteira (38,3 milhões) e sem carteira
assinada (13,7 milhões) também foram recordes da série histórica, além do total
de empregados no setor privado (52,0 milhões). Já a população fora da força de
trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações,
permanecendo em 66,8 milhões.
A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, analisa que
“o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão
dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas
atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes.
Além disso, há um fator sazonal no crescimento do grupamento de atividades
Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e
serviços sociais”.
Rendimento dos trabalhadores e massa de rendimentos crescem
O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi
de R$ 3.181, sem variação significativa no trimestre e crescendo 5,6% na
comparação anual. Com as altas do rendimento e da ocupação, a massa de
rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país,
chegou a R$ 317,9 bilhões, novo recorde da série histórica, subindo 2,2% (mais
R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano.
Segundo a coordenadora, “a massa de rendimentos tem se mantido em patamares
elevados devido aos recordes da população ocupada”.
Mais sobre a pesquisa
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de
trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a
211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na
pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais
de 500 agências do IBGE.
Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da
pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a
volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do
entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800
721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem
ser solicitados pelo informante.
Consulte os dados da PNAD no Sidra. A próxima
divulgação da PNAD Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em maio,
será no dia 31 de julho.
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Fonte: http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/40520-desemprego-recua-para-7-1-menor-taxa-para-um-trimestre-encerrado-em-maio-desde-2014.html