Ao longo da minha carreira, tive a oportunidade de observar de perto diversas estruturas organizacionais e a dinâmica que permeia os ambientes de trabalho. Uma ideia recorrente que me chamou a atenção é a divisão clara em dois níveis: você é o dono do negócio ou não é. E, de acordo com essa divisão, parece que o tratamento dispensado aos colaboradores varia significativamente.
Na estrutura organizacional entendida por mim, existem dois níveis: ou você é dono ou você não é. Se você não é o dono significa que é igual a todos os outros colaboradores, o que não o dá o direito de tratar mal, indiferente, sem educação por questões de ego, de cargo ou simplesmente pela falta de noção com a gestão de pessoas.”
Essa afirmação inicial ressalta uma questão fundamental: não importa em qual nível hierárquico você se encontre, o respeito e a consideração pelas pessoas são valores universais e essenciais para o sucesso de qualquer organização. Um dos gestores de pessoas mais renomados, Idalberto Chiavenato, um dos principais autores brasileiros de gestão de pessoas, uma vez afirmou: “As pessoas são o principal ativo de qualquer organização.” Eu acredito que na atualidade, todo profissional deve estar preparado em pelo menos duas áreas: tecnologia e gestão de pessoas… para tudo você precisará dessas duas áreas, seja como advogado, médico, professor, administrador ou qualquer outro cargo que deseje. Então a gestão de pessoas é a chave para que você seja um bom profissional.
As palavras de Idalberto Chiavenato destacam a importância da gestão de pessoas nos dias de hoje. Independentemente da sua profissão, a capacidade de compreender, motivar e liderar pessoas se tornou um atributo fundamental. Vivemos em um mundo em constante transformação, impulsionado pela tecnologia e pelas mudanças nas expectativas dos funcionários. Nesse cenário, a gestão de pessoas desempenha um papel crucial na formação de equipes eficazes e na criação de ambientes de trabalho saudáveis.
Agora, em relação aos donos de negócios, muitos deles parecem viver em um mundo à parte, com regras que muitas vezes parecem desprovidas de critério, moldadas pelo humor do momento. Essas regras arbitrárias podem ter um impacto significativo nos ambientes empresariais, resultando em altas taxas de rotatividade e na falta de comprometimento dos funcionários.
Contudo, há uma abordagem alternativa que pode transformar a dinâmica de uma organização. Quando o dono se coloca como parte do time, colabora ativamente, respeita as opiniões dos outros, ouve atentamente, planeja estrategicamente e oferece às pessoas a oportunidade de compartilhar suas visões, isso demonstra um profundo entendimento da gestão de pessoas.
Significa que os líderes compreendem o valor de tratar as pessoas com consideração e respeito, independentemente do seu cargo. Eles percebem que uma organização é um sistema dinâmico, sempre em evolução, e que a adaptabilidade é crucial para o sucesso. Respeitar as diferenças e valorizar as pessoas é a base para criar uma cultura organizacional saudável e produtiva.
Portanto, a pergunta que fica é: como você se enxerga como profissional? Independentemente de ser dono de um negócio ou de ocupar uma posição em um nível hierárquico inferior, a gestão de pessoas é uma habilidade que todos nós precisamos dominar. Ela não se restringe a um cargo específico ou a um contexto, mas é uma competência essencial para a nossa jornada profissional.
A gestão de pessoas vai além de seguir um conjunto de regras predefinidas; ela envolve o desenvolvimento de empatia, escuta ativa e habilidades de liderança. Seja você um dono de negócio que busca melhorar a cultura da sua empresa ou um colaborador que deseja crescer na carreira, a gestão de pessoas é uma chave que abre portas para o sucesso.
A estrutura organizacional que divide os profissionais em dois níveis, donos e não donos, não deve servir como justificativa para tratamentos desrespeitosos ou arbitrários. A gestão de pessoas é uma competência vital que todos precisamos dominar, independentemente do nosso papel na organização. É através do respeito, empatia e colaboração que construímos ambientes de trabalho saudáveis e equipes eficazes. Portanto, reflita sobre como você se enxerga como profissional e como pode contribuir para uma cultura organizacional mais humanizada e produtiva.
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