Diddy processa acusador, advogado e emissora de TV em US$ 50 milhões por difamação

Sean “Diddy” Combs (Foto: AFP) deu início a um processo judicial de US$ 50 milhões por difamação contra seu acusador Courtney Burgess, o advogado Ariel Mitchell e a emissora NewsNation. A ação ocorre após Burgess divulgar alegações de que possuía vídeos comprometedores envolvendo o empresário e outras celebridades. Segundo a defesa de Combs, as acusações são “mentiras escandalosas” e não correspondem à realidade, com potencial de prejudicar seu julgamento futuro.

Os advogados do artista afirmam que as declarações, feitas de maneira irresponsável, já afetam a percepção pública e influenciaram o júri. “Sean ‘Diddy‘ Combs está tomando uma posição contra as falsidades maliciosas fabricadas por indivíduos que visam lucrar às suas custas”, destacou Erica Wolff, representante legal do músico, enfatizando que tais mentiras intencionais ameaçam seu direito a um julgamento justo.

Burgess, que se apresenta como veterano da indústria musical, alegou que a falecida Kim Porter, ex-parceira de Combs, teria confiado a ele fitas ilícitas e até um manuscrito de suas memórias. No entanto, a ação afirma que Burgess nunca conheceu Combs, algo que ele mesmo já comentou, e que pessoas próximas a Porter também desconhecem sua relação com ela. Além disso, o processo cita uma entrevista de 2024 no podcast “Attwood Unleashed”, onde Burgess descreveu Combs com termos degradantes e reforçou alegações de má conduta, contestadas como falsas pela equipe legal do empresário.

Outra questão levantada foi a disseminação de um suposto livro de memórias de Porter, que circulava no site Amazon antes de ser retirado, após ser repudiado pela família dela. Mitchell, advogado de outras denúncias de assédio envolvendo artistas, é apontado como parceiro de Burgess desde setembro de 2024, tendo reiterado acusações contra Combs em uma entrevista dada ao NewsNation no mesmo período. A defesa de Combs classifica essas declarações como infundadas.

Durante sua aparição na NewsNation, Mitchell sugeriu que gravações “pornográficas” envolvendo o artista eram autênticas e mencionou a existência de outra pessoa reconhecida nesses materiais. No entanto, segundo o processo, essas alegações carecem de provas concretas. Mais tarde, Mitchell iniciou um processo baseado nessas acusações, mesmo sem apresentar evidências consistentes, o que levou as autoridades locais a concluir que as alegações não tinham fundamento.

No decorrer do caso, a equipe jurídica de Combs aponta para declarações feitas por apresentadores do NewsNation durante entrevistas, que repetiam afirmações sem provas sobre a existência dos referidos vídeos. Combs busca, além da indenização, restabelecer sua credibilidade e combater as tentativas de exploração de sua imagem por meio de informações supostamente falsas.