domingo, abril 20, 2025
InícioMúsicaRolling Stone elege as melhores músicas de protesto já feitas. Veja as...

Rolling Stone elege as melhores músicas de protesto já feitas. Veja as campeãs e ouça a playlist!

Com o clima político nos EUA cada vez mais quente, a edição americana da Rolling Stone sentiu que o momento era propício para eleger as 100 melhores canções deprotesto já feitas.

O ranking é em sua maioria formado por músicas cantadas em inglês, sejam eles dos EUA, Grã Bretanha e, em menor escala, outros países como Jamaica (Bob Marley), Nigéria (Fela Kuti), Austrália (Midnight Oil) e Irlanda (U2).

Aretha Franklin, Public Enemy, ambos na foto acima, James Brown, Nina Simone, Beyoncé, Green Day, Kendrick Lamar e Bruce Springsteen são alguns dos astros que entraram na seleção.

Mostrando que esta é uma arte que vem de longa data, a lista tem desde músicas lançadas nos anos 30, “Strange Fruit” gravada em 1939 por Billie Holiday, é a mais antiga delas, até faixas mais recentes, caso de “Run, Run, Run“, de McKinley Dixon, de 2023 – a mais atual.

O primeiro lugar foi para a fundamental “A Change is Gonna Come“, que Sam Cooke lançou em 1964, pouco antes de sua morte precoce.

No texto celebrando a campeã, a revista lembra a história da canção, escrita pelo soulman com inspiração em “Blowin’ In The Wind“, de Bob Dylan (que está em 17° lugar), quando teve negada a sua entrada em um hotel na Lousiana por causa da cor de sua pele. A RS lembra que apesar do tema pesado, “A Change…” também mostra esperança, quando Sam diz saber que uma mudança há de chegar.

Bob Dylan é a presença mais constante no top 100 com três faixas, todas de sua primeiríssima fase, quando cantava músicas folk de tom politizado acompanhado de seu violão e gaita. Além da já citada “Blowin’ In The Wind”, também foram lembradas “Masters Of War“, também de 1963 no sexto posto, e “The Lonesome Death of Hattie Carroll” (1964), no 26°.

A lista traz seis canções cantadas em espanhol, entre elas “Los Dinosaurios“, do argentino Charly Garcia (acima), e “Manifiesto“, do chileno Victor Jara, assassinado pela ditadura de Augusto Pinochet em 1974, mesmo ano em que ele a gravou.

Estas foram as 10 primeiras colocadas:

10 – “Fuck Tha Police” (1988) – N.W.A (“houve um aumento de 300% nas audições da música nas semanas após o assassinato de George Floyd”)

9 – “Ohio” (1970) – Crosby, Stills, Nash and Young (“uma das canções definidoras do movimento anti-guerra”)

8 – “We Shall Overcome” (1948) – Pete Seeger (“uma das canções fundamentais do revival da música folk, cantada durante passeatas ao longo dos anos sessenta”)

7 – “Mississippi Goddam” (1964) – Nina Simone (“Simone canalizou a forma como tantos na época, negros e brancos, ficaram chocados com os acontecimentos e exigiram mudanças”)

6 – “Masters Of War” (1963) – Bob Dylan (“o discipulo de Woody Guthrie, de 21 anos, mostrou quem controlava os marionetes e fez o maior grito anti-guerra de todos os tempos”)

5 – “Say It Loud, I’m Black And I’m Proud” (1968) – James Brown (“A música teve um papel importante no popularização do uso da palavra black como autoidentificação, substituindo termos mais desatualizados”)

4 – “Respect” (1967) – Aretha Franklin (“Franklin nasceu para ser uma estrela e um ícone. Esta é a música que tornou isso possível”)

3 – “Strange Fruit” (1939) – Billie Holyday (“uma das primeiras e mais assustadoras canções de protesto dos tempos modernos”)

2 – “Fight The Power” (1989) – Public Enemy (O Public Enemy criou um novo manifesto de resistência, raivoso, mas focado, para servir como música de abertura a “Faça A Coisa Certa” de Spike Lee).

1 – “A Change is Gonna Come” (1964) – Sam Cooke (“um momento inigualável na junção da música pop com a política progressista”)

Ouça a playlist:

  vagalume.com

Leia Mais: Confira as principais notícias do mundo da música!

RELATED ARTICLES

Mais Popular