Faithfull, dona de uma beleza única, foi uma figura central na cena artística e musical de ‘Swinging London’ nos anos 60 e destacou-se durante a era da invasão britânica. Sua carreira decolou com a música As Tears Go By, a primeira música que Mick Jagger e Keith Richards escreveram juntos. O compacto, lançado em junho de 1964, entrou nas paradas do Reino Unido e dos EUA quando ela tinha apenas 17 anos (a versão dos Stones para a música foi lançada meses depois).
A cantora consolidou-se como uma artista de sucesso, tanto no Reino Unido quanto nos EUA, com singles pop como ‘Come and Stay with Me‘, ‘This Little Bird‘ e ‘Summer Nights‘, que não refletiam a verdadeira personalidade da artista.
A relação de Faithfull com os Rolling Stones, especialmente com Mick Jagger, elevou ainda mais sua notoriedade. Além de ser considerada uma musa para a banda, diz-se que ela inspirou músicas como “” e “”. Faithfull co-escreveu a música ”, lançada pela banda em 1971, pelos quais os créditos foram reconhecidos apenas após um prolongado embate judicial.
Faithfull passou boa parte dos anos 70 lidando com um sério problema de dependência química. Em 1979, ela ressurgiu com o fundamental “Broken English”, um disco de temática pesada e onde ela exibia um novo timbre de voz.
Mais recentemente, ela trabalhou com artistas como Nick Cave e PJ Harvey. “She Walks In Beauty”, em que recitou poemas de grandes poetas, foi seu último trabalho, feito em parceria com o músicoe produtor Warren Ellis, parceiro de Cave e autor da trilha sonora de “Ainda Estou Aqui” (juntos na foto abaixo).
Em 2020, Faithfull enfrentou uma luta quase fatal contra a COVID-19, que comprometeu sua capacidade de cantar. Ela descreveu as dificuldades enfrentadas: “O dano foi muito grave. Meus pulmões, memória e fadiga. Não poderia ser pior. Não sei se serei capaz de cantar novamente. Amo fazer turnês, e está me partindo o coração que, possivelmente, não poderei mais”.
A produção de uma cinebiografia sobre sua vida está em andamento desde 2020, com Lucy Boynton escalada para o papel principal. Marianne também participou de filmes, peças e prgramas de televisão. Seu desempenho mais lembrado foi em “A Garota da Motocicleta”, filme cult de 1968 onde contracenou com Alain Delon.
A cantora esteve uma única vez no Brasil, em 1999, quando ela se apresentou no Sesc Pompeia.
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